Sessão “O que é?” – Esclerose Múltipla (EM) e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Por Alisson Ortega

A esclerose é o endurecimento anormal de tecidos ou órgãos do corpo, devido a vários fatores, como a produção excessiva de tecido conjuntivo, por exemplo, no entanto existem diversos tipos de esclerose, veremos as que se destacam no sistema nervoso como a esclerose múltipla e a esclerose lateral amiotrófica.

Doing_the_ALS_Ice_Bucket_Challenge_(14927191426)

A esclerose múltipla acomete 3 vezes mais mulheres e a média de idade é baixa, acredita-se que ocorra devido a uma predisposição genética aliado a algum fator ambiental que ainda não é conhecido. Algumas células, conhecidas como células-T estão defeituosas, mas não manifestam durante muitos anos e, após a ação do fator ambiental, que pode ser uma infecção por vírus ou após o parto, estas células invadem o cérebro. Após isto temos uma infecção que ataca a bainha de mielina (responsável por isolar eletricamente o axônio de neurônios), com a destruição da bainha de mielina os neurônios perdem a capacidade de se comunicar corretamente, principalmente no cerebelo, e temos o surgimento de alguns sintomas, como problemas motores, sensitivos, cognitivos, dores, cansaço, depressão e apatia.

Atualmente existem várias pesquisas sobre a esclerose múltipla, no entanto ainda não foi encontrada a cura, porém alguns tratamentos são realizados de forma a minimizar ou retardar os sintomas decorrentes da patologia.

Esclerose multipla

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma patologia neurodegenerativa que ataca neurônios motores laterais da medula espinhal o que leva a atrofia e fraqueza dos músculos, além disso é progressiva, ou seja, o paciente piora com o passar do tempo, mas funções mentais como a cognição permanecem intactas. A ocorrência da doença é baixa (menos de 2 a cada 100.000 pessoas), assim como na esclerose múltipla, aparentemente está relacionada com fatores genéticos e ambientais.

Atualmente a média de sobrevida após o início da doença é de 3 a 4 anos, no entanto existem casos de pacientes que vivem por muitos anos após o início da doença. Existem várias personalidades que foram diagnosticadas com ELA, os pacientes com maior destaque são o físico inglês Stephen Hawking, diagnosticado na década de 1960 e que ainda continua produzindo artigos científicos, outro caso é o do artista plástico brasileiro Marcelo Xavier, que continua escrevendo livros muitos anos após o descobrimento da doença.

Assim como na esclerose múltipla, a ELA não tem cura conhecida, mas vários estudos estão sendo realizados e alguns medicamentos já são utilizados para tentar aumentar a sobrevida dos pacientes. No ano de 2014 a norte americana ALS Association iniciou uma campanha na internet na qual a pessoa deveria tomar um banho de água fria na cabeça com o intuito de arrecadar fundos para pesquisas, no Brasil algumas entidades, como a ABRELA, Instituto Paulo Gontijo, e Pró-Cura promovem a mesma campanha. O fato de tomar um banho de água fria se relaciona com o que o paciente sente ao ser diagnosticado com uma doença atualmente incurável.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>