Seminário: Neuroimagem por Ressonância Magnética: uma ferramenta de integração entre neurociência e medicina

Data: 23/11/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h40

Local: Bloco Beta, Auditório A003 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Edson Amaro (USP – Hosp. Albert Einstein)

 

Tema: Neuroimagem por Ressonância Magnética: uma ferramenta de integração entre neurociência e medicina

A utilização de neuroimagem por meio de ressonância magnética tem permitido tanto investigação de fenômenos neurais quanto a possibilidade de trazer para a prática médica uma nova ferramenta e promover entendimento de mecanismos de doença. Porém, a capacidade analítica individual é ainda restrita principalmente em planejamento de tratamentos neurocirúrgicos.

Recentes inovações podem mudar este cenário, com equipamentos de ultra-alto campo em neurorradiologia e novas técnicas de análise.  A primeira RM de 7T na América Latina já está em operação e técnicas de aprendizado de máquina já tem sido utilizada para avaliação de imagens de função e da estrutura cerebral.

Serão abordados os recentes desenvolvimentos, como o Human Connectome Project, as aplicações clínicas e do projeto pisa (http://pisa.hc.fm.usp.br) que é um centro de pesquisa multi-usuário.

 

Edson Amaro

Edson Amaro Jr é médico Neurorradiologista, coordenador científico do Instituto do Cérebro do Instituto de Pesquisa do Hospital Albert Einstein e Prof. Livre docente na Universidade de São Paulo.

Formou-se em Medicina pela USP em 1993, e concluiu a Residência em Radiologia 1996. Foi preceptor dos residentes do Dep. de Radiologia da USP e ao mesmo tempo ingressou no doutorado. Em 2000, defendeu tese de doutorado em Ressonância Magnética funcional pela Universidade de São Paulo (desenvolvendo técnica para reduzir os efeitos do ruído acústico do aparelho).

Ficou 2 anos no Kings College de Londres e retornou em 2002 quando criou o grupo de neuroimagem funcional da Universidade de São Paulo. Em sua volta, iniciou atividades no Departamento de Radiologia do Hospital Albert Einstein, e em 2003 foi nomeado para conduzir os estudos de pesquisa em neuroimagem funcional nos distúrbios do sistema nervoso central. Participou do grupo de estudos da Academia Brasileira de Ciências para diretrizes de Aprendizagem Infantil, é membro da Organization for Human Brain Mapping deste 1998.

Edson orientou 10 alunos doutorado/mestrado, é autor/co-autor de mais de 140 artigos científicos, além de livros e capítulos em revistas científicas. Mantém colaborações ativas com grupos de pesquisa na Inglaterra (Universidades de Nottingham, Surrey e King’s College), Alemanha (Univ. Wurzburg e Marburg), França (Hospital Salpêtriere), Portugal (Univ. Minho) e Estados Unidos (Univ. Harvard) e atualmente é past-Chairman do Latin American Brain Mapping Network.

 

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Seminário: Neuromodulação não invasiva transcraniana e periférica no controle da dor crônica

Data: 05/10/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Prof. Dr. Abrahão Fontes Baptista (UFBA)

 

Tema: Neuromodulação não invasiva transcraniana e periférica no controle da dor crônica

A possibilidade de avaliação da excitabilidade cortical através da Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e de técnicas de neuroimagem abriu, desde os anos 80, uma nova avenida na compreensão dos mecanismos cerebrais relacionados à dor crônica, assim como para o desenvolvimento de novas possibilidades de tratamento e renovação de outras mais antigas.

O cérebro do indivíduo com dor crônica parece estar imobilizado em uma condição plástica mal adaptativa, que impede a diminuição da dor e a melhora da funcionalidade física e psíquica e da qualidade de vida.  As técnicas de neuromodulação não invasiva que buscam modular direta ou indiretamente esta condição particular do sistema nervoso parecem auxiliar terapias ativas como os exercícios e a prática mental ou as técnicas passivas farmacológicas.

Dentre elas destacam-se a Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr), a Estimulação Transcraniana com Corrente Direta (ETCC) e a Estimulação Elétrica Periférica (EP).  Seu uso tem efeito sobre áreas relacionadas ao processamento da dor, ao controle de movimentos e ao processamento das emoções, com consequências positivas para o indivíduo que sofre de condições como as síndromes de dor neuropática, a fibromialgia, as cefaléias e as dores musculoesqueléticas em geral. Entretanto, os tamanhos de efeito destes tratamentos são de baixos a moderados e muitos aspectos ainda precisam ser compreendidos para que o seu uso seja mais eficaz.

Neste seminário apresentaremos evidências básicas e clínicas atuais sobre o uso isolado ou combinado destas técnicas, assim como um panorama da pesquisa aplicada e do seu uso clínico no Brasil.

 

Abrahão Fontes Baptista

Abrahão Fontes Baptista é professor adjunto IV da Universidade Federal da Bahia.  Graduou-se em fisioterapia pelo IBMR/RJ em 1992.  Atuou como fisioterapeuta e professor nas áreas eletroterapia e de clínica de dor até 2003, quando ingressou no mestrado em Ciências Morfológicas na UFRJ.  Completou o doutorado nesta mesma instituição em 2007 estudando o efeito de campos elétricos na regeneração nervosa periférica.

Desde 2009 é professor de anatomia humana e responsável pelo Laboratório de Eletroestimulação Funcional do Departamento de Biomorfologia da UFBA e professor do Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde Humana da Faculdade de Medicina desta instituição.  Em 2014 fez estágio pós-doutoral na área de neuromodulação na University of Western Sydney, Austrália.

É membro da International Association for the Study of Pain, Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor e Associações Brasileira de Fisioterapia Neurofuncional e Traumato-ortopédica.  Seus interesses em pesquisa incluem o uso da neuromodulação não-invasiva associada a exercícios e práticas mentais para o controle da dor crônica, o tratamento fisioterapêutico guiado por recursos eletrofisiológicos e o papel da meditação na dor e no aprendizado

 

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Seminário: Neurônios e subsistemas neurais podem se beneficiar de ruído adicionado externamente

Data: 29/11/17 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Alfa 2, A2-S103 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Prof. Dr. Andre Fabio Kohn (USP)

 

Tema: “Neurônios e subsistemas neurais podem se beneficiar de ruído adicionado externamente”

Ruídos de uma forma geral são detrimentais para o funcionamento tanto de sistemas biológicos quanto de sistemas tecnológicos. No seminário será evidenciado que doses apropriadas de ruído podem beneficiar o desempenho quer de neurônios ou de subsistemas neurais, a base sendo o fenômeno denominado ressonância estocástica (o nome parece sofisticado mas a explicação é simples).

Vários exemplos serão mostrados tanto com base em experimentos em seres humanos quanto em animais. Um exemplo final ilustrará como a ausência de ruído pode levar a efeitos paradoxais (inibição virar excitação), tanto no contexto neural quanto cardíaco.

 

 Andre Fabio Kohn

Possui graduação em Engenharia Elétrica pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – EPUSP (1973), mestrado em Engenharia Elétrica pela EPUSP (1976) e Ph.D. em Engineering pela University of California at Los Angeles – UCLA (1980). Na UCLA realizou pesquisas no Brain Research Institute. Em 1994 realizou pesquisas no National Institutes of Health (Bethesda), mais especificamente no NINDS.

É professor titular de Engenharia Biomédica na EPUSP, onde coordena o Laboratório de Engenharia Biomédica (LEB/EPSUP). É membro do corpo editorial, bem como revisor de artigos, de revistas nacionais e internacionais.

Tem experiência nas áreas de Engenharia Biomédica e Neurociência, com ênfase em Neurofisiologia Humana e Neurociência Computacional, atuando atualmente nos seguintes temas: controle postural em humanos, modelagem matemática e simulação do sistema neuromuscular humano, neurofisiologia da medula espinhal humana. Foi membro fundador da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica, do Núcleo de Pesquisa em Neurociência e Comportamento da USP e do LEB/EPUSP. Foi idealizador (com colegas do LEB/EPUSP) da área de concentração de Engenharia Biomédica no programa de pós-graduação em Engenharia Elétrica da EPUSP. Foi por duas gestões eleito para membro titular do Comitê Assessor de Engenharia Elétrica e Biomédica do CNPq, tendo sido seu coordenador por 1 ano na segunda gestão. Foi eleito membro titular da Academia Nacional de Engenharia (ANE) em 2014.

 

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Seminário: Nitric oxide modulation of the basal ganglia circuitry: therapeutic implication for Parkinson’s disease and sensorimotor disorders

Data:  20/07/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Dra. Elaine Del-Bel

 

Tema: Nitric oxide modulation of the basal ganglia circuitry: therapeutic implication for Parkinson’s disease and sensorimotor disorders.

Several recent studies have emphasized a crucial role for the nitrergic system inmovement control and the pathophysiology of the basal ganglia. These observations

are supported by anatomical evidence demonstrating the presence of nitric oxide synthase (NOS) in all the basal ganglia nuclei. In fact, nitrergic terminals have been reported to make synaptic contacts with both substantia nigra dopamine-containing neurons and their terminal areas such as the striatum, the globus pallidus and the subthalamic nuclei. These brain areas contain a high expression of nitric oxide (NO)-producing neurons, with the striatum having the greatest number, together with important NO afferent input. In this talk, the new avenues that the increasing knowledge of NO in motor control has opened for exploring the pathophysiology and pharmacology of Parkinson’s disease a movement disorder, will be discussed. For example, inhibition of striatal NO/guanosine monophosphate signal pathway by nitric oxide synthase (NOS) seems to be effective in L-DOPA- induced dyskinesia. The effect is dose-dependent, does not suffer tolerance nor interferes with L-DOPA positive motor effects. Hemi-Parkinsonian rats presenting L-DOPA- induced dyskinesia show increased expression in the striatum of neuronal NOS (nNOS) mRNA nNOS and inducible NOS (iNOS) protein, FosB/ΔFosB and inflammatory markers as astrocytes, microglia and COX2. Striatal COX2 co-localized with choline-acetyltransferase, calbindin and DARPP-32 (dopamine-cAMP- regulated phosphoprotein-32), neuronal markers of GABAergic neurons. These changes are decreased by administration of nNOS preferential inhibitor, raising the possibility that the anti-dyskinetic effects of these drugs would include interference in NO-mediated processes. However, the results of experimental studies have to be interpreted with caution given the complexities of nitrergic signalling and the limitations of animal models. Nevertheless, the NO system represents a promising pharmacological intervention for treating Parkinson&#39;s disease and related disorders.

 

 

Elaine Del-Bel

É professora de Fisiologia na FORP-Universidade de São Paulo desde outubro de 2015. Em 2013 foi indicada como professora Titular em Fisiologia. Possui mestrado e doutorado (1988) em Farmacologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto.

O pós-doutorado foi realizado na Inglaterra em Manchester. Realizou estágios curtos em países com os quais possui projetos em colaboração: Prof. John H Nicholls, Itália Escuola Internazionale di Studi Superiori (SISSA-Trieste); Prof. Walter Sthumer- Instituto Max Planck for Experimental Medicine, Göttingen, Alemanha; Dra. Rita Raisman Vozari INSERM, Hopital de La Salpétriére, Paris, França; Prof. Harry Steinbuch, University of Maastrichth Holanda; Prof. Frank Kirchhoff- Universidade de Homburg- Saarland-Germany.

Tem experiência na área de Bioquímica, Farmacologia e Fisiologia, com ênfase no sistema nervoso central. Atualmente, os estudos concentram-se em modelos experimentais da doença de Parkinson e nas conseqüências do tratamento com o precursor da Dopamina (Levodopa).

 

 

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Seminário: O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

Data:  20/04/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Maria Alice de Mattos Pimenta Parente (CAPES-UFABC)

 

Seminário:

O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

O objetivo desta palestra é mostrar uma forma de como a Neurociência da Linguagem dialoga com a Clínica Neuropsicológica. Sabe-se que tanto no desenvolvimento como na degeneração da linguagem, o reconhecimento e o acesso ao significado de palavras dependem de diferentes características, como por exemplo, os efeitos de frequência, tamanho das palavras, assim como de aspectos semânticos, como a concretude.

Neste trabalho focalizamos o efeito da especificidade, uma característica importante para o desenvolvimento da linguagem e também encontrada em Doença de Alzheimer e na Demência Semântica. A especificidade distingue os verbos em (1) genéricos, aqueles que podem ser realizados por diferentes programas motores (como quebrar) e (2) específicos, com menor número de possibilidades motoras (como martelar). Verificamos o tempo de reação e o tempo de ativação neural em duas tarefas: uma de decisão lexical e outra de julgamento semântico.

Observamos que em jovens adultos o efeito de especificidade afeta o processamento temporal e a ativação eletrofisiológica nas duas tarefas e que o tipo de tarefa facilita diferencialmente verbos genéricos e específicos. Em idosos, ocorreu maior efeito de especificidade tanto na tarefa de decisão lexical como na tarefa de julgamento semântico, quando comparados com adultos jovens.

A especificidade também foi um marcador na diferenciação de pacientes com doença de Parkinson e seus controles. Os resultados mostram a importância desta característica psicolinguística no estudo do processamento temporal de verbos e são discutidos em termos de recursos exigidos pelas diferentes tarefas utilizadas.

 

Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1972) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1990). Realizou estágios de pós-doutoramento em Montreal, Canadá (1990-1992); Universidade de Toulouse, França (2001-2002) e Universidade de Pequim, China (2005), realizando pesquisas de cooperação internacionais com o apoio do CNPq e da CAPES.

Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Neuropsicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: neuropsicologia, memória, compreensão textual, envelhecimento e neuropsicologia cognitiva.

Atualmente é professora aposentada, Professora Visitante Sênior na UFABC, no contexto do programa CAPES/2012 e colaboradora do Núcleo de Neuropsicolinguística do PPG em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisadora CNPq 1D até 2011.

 

 

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Seminário: O Feminino na Ciência e Política; recortes histórico-cultural e pessoal

Data: 07/03/18 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Auditório 005, Beta (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Maria Ines Nogueira (USP)

 

Tema: “O Feminino na Ciência e Política; recortes histórico-cultural e pessoal”

A atividade busca identificar brevemente a traje(his)tória  de formação de uma cientista, assim como resgatar algumas figuras relevantes na cultura do cenário internacional e nacional, a fim de ilustrar e valorizar a contribuição feminina  e discutir políticas de inclusão e  estímulo a explorar o amplo universo de oportunidades e do conhecimento para a escolha profissional, cultural e social de estudantes.

Lattes

Seminário: Padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos

Data:  02/03/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Adriana Miyazaki

 

Seminário:

Padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos

Diversos estudos reportaram alterações cerebrais ao longo do curso da esquizofrenia. Até mesmo nos estágios incipientes, como no Primeiro Episódio Psicótico (PEP). Métodos de aprendizagem de máquina podem ser utilizados para análise multivariada de dados de neuroimagem, porém a grande maioria dos estudos os emprega principalmente para previsões entre grupos, como discriminar pacientes com esquizofrenia de controles saudáveis.

No presente estudo, foi aplicado o método maximum entropy linear discriminant analysis (MLDA) com o objetivo de buscar um melhor entendimento dos estágios da esquizofrenia. Foram analisados dados neuro-volumétricos provenientes de imagens de ressonância magnética de 143 pacientes crônicos com esquizofrenia, 32 pacientes PEP e 82 controles saudáveis. O método projeta as características multivariadas de um sujeito em um sub-espaço discriminante univariado, provendo um “escore de esquizofrenia”.

Inicialmente, a performance do MLDA na tarefa de discriminação entre pacientes com esquizofrenia de controles foi avaliada e foram identificados as regiões cerebrais que mais contribuíram para a classificação. Por fim, foram utilizados os escores provenientes do MLDA para realizar uma comparação entre os padrões volumétricos de pacientes PEP e pacientes com esquizofrenia e controles saudáveis.

Os resultados do estudo sugerem que as primeiras estruturas alteradas no PEP podem ser as regiões afetadas por anti-psicóticos. Entre as estruturas mais discriminantes na classificação se encontravam, principalmente, estruturas relacionadas ao sistema límbico e a circuiteria envolvida em comportamentos orientados a objetivos. Em conclusão, nossos resultados sugerem a importância de considerar os efeitos dos anti-psicóticos, a fim de entender os substratos neurais envolvidos na esquizofrenia.

 

Adriana Miyazaki

Adriana Miyazaki de Moura é mestre em Neurociência pela Universidade Federal do ABC, com graduação em Sistemas de Informação pela Universidade de São Paulo. Tem experiência em machine learning e reconhecimento de padrões em dados. Estuda padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos.

 

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Seminário: Parâmetros neuroglias em um modelo animal de demência

Data: 14/06/17 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A003 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Dra. Núbia Broetto Cunha (ULBRA)

 

Tema: “Parâmetros neuroglias em um modelo animal de demência”

O crescimento da expectativa de vida mundial vem associado ao aumento de diferentes morbidades, entre elas a  demência. A demência é considerada uma disfunção crônica e progressiva da atividade cortical e/ou subcortical queresulta em um complexo declínio cognitivo, sendo que cerca de 70% dos casos de demência deve-se a Doença de Alzheimer (DA). Apesar dos mecanismos envolvidos na DA do tipo esporádica ainda não estarem bem esclarecidos, a hiperfosforilação da proteína tau é sugerida como grande fator para o desenvolvimento dos emaranhados neurofibrilares, que podem gerar disfunção e morte neuronal. Modelos animais que buscam mimetizar os achados neuropatológicos são utilizados na busca de compreender os mecanismos que ocorrem no processo patológico. Neste seminário será apresentado resultados referentes a alterações neurogliais, em especial a hiperfosforilação da proteína TAU, e déficit na memória espacial em modelo animal de demência induzido pela infusão intracerebroventricular de ácido ocadáico em ratos wistar.

 

Núbia Broetto Cunha

Núbia Broetto Cunha é graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE (2005). Possui mestrado (2010) e doutorado (2016) em Neurociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Atuou como docente no Centro de Pesquisas em Álcool e outras drogas CPAD-HCPA.

Está envolvida nas seguintes áreas de pesquisa: Alterações neurogliais em modelo animal de demência e Realidade virtual como recurso terapêutico em pacientes com sequelas de lesão neurológica.

Atualmente é docente dos cursos de fisioterapia e psicologia na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA-SM).

 

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Seminário: Plasticidade Dopaminérgica e sua Implicação na Motivação Intrínseca e Engajamento de Equipes de Trabalho

Data:  09/12/15 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Carla Andréa Tieppo

 

Seminário:

Plasticidade Dopaminérgica e sua implicação na motivação intrínseca e engajamento de equipes de trabalho

Um dos maiores desafios da atualidade é promover engajamento de equipes de trabalho diante da enorme variedade de fatores de alto impacto motivacional no cotidiano digital e virtual das pessoas na sociedade contemporânea. Há uma enorme quantidade de novas síndromes sendo descritas que são provocadas pela presença marcante das redes sociais e do ambiente digital com seus aplicativos e facilidades disponíveis nas vidas das pessoas.

Qual é o impacto disso na construção de circuitos de motivação e recompensa associados ao sistema dopaminérgico mesocorticolímbico? A plasticidade do sistema dopaminérgico estudada em roedores traz alguns “insights” interessantes que podem auxiliar na construção de estratégias de treinamento e desenvolvimento de pessoas.

Cada vez mais é solicitado que a ciência auxilie no desenvolvimento dos ambientes corporativos, e estratégias baseadas em neurociência são extremamente desejáveis já que possuem uma inerente tangibilidade e não se confundem com as práticas subjetivas que ocuparam durante muito tempo espaço privilegiado no desenvolvimento humano e organizacional.

 

Carla Andréa Tieppo

Veterinária formada pela Universidade de São Paulo em 1995 e doutora em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da mesma Universidade desde 2000. Professora de Fisiologia para os cursos de Medicina, Fonoaudiologia e Enfermagem da FCMSCSP desde 1995.

É orientadora do curso de Mestrado Profissional em Saúde da Comunicação Humana e coordenadora do curso de pós graduação lato-sensu de Neurociência Aplicada à Educação da FCMSCSP.

Palestrante e consultora. Fundadora e CEO da Inédita Cursos, empresa especializada em cursos de Neurociência para públicos de diferentes interesses e áreas de aplicação. Colunista da Revista Profissional & Negócios e Consultora do Programa Bem Estar da Rede Globo de TV.

 

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Seminário: Plasticidade mal adaptativa, metaplasticidade e Neuromodulação

Data: 08/11/17 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, A003 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Prof. Dr. Abrahão Fontes Baptista (UFABC)

 

Tema: “Plasticidade mal adaptativa, metaplasticidade e Neuromodulação”

A capacidade do sistema nervoso em se modificar é conhecida como plasticidade neural.  A plasticidade adaptativa não é um fenômeno exclusivo do sistema nervoso, mas está presente em toda a natureza e se relaciona com a capacidade de adaptação às demandas internas ou externas às quais um organismo biológico é exposto.  No sistema nervoso, a plasticidade adaptativa permite com que os nervos periféricos, a medula espinhal, o cérebro e o cerebelo se adaptem a estas demandas.  Por outro lado, adaptações no sentido de diminuir a função são descritas como plasticidade mal-adaptativa.

No sistema nervoso, a plasticidade mal-adaptativa está ligada a uma série de doenças, como a dor crônica, as doenças mentais e muitas outras.  A modulação da atividade do sistema nervoso com recursos elétricos e/ou magnéticos (definida aqui como neuromodulação) pode ser aplicada no sentido de avaliar e/ou corrigir a plasticidade mal-adaptativa associada às doenças, através da promoção de plasticidade estrutural e funcional.  Esta possibilidade tem sido amplamente explorada tanto clínica quanto experimentalmente através de três principais recursos, a Estimulação Magnética Transcraniana (TMS), a Eletroestimulação Transcraniana com Corrente Constante (tDCS) e a Estimulação Elétrica Periférica (PES).

Atualmente se conhece mais sobre a promoção da plasticidade sináptica através destes recursos, pouco se conhecendo sobre outras formas de plasticidade funcional ou sobre a plasticidade estrutural relacionada.  TMS, tDCS e PES agem através de mecanismos LTP ou LTD like e, no nível sináptico, promovem plasticidade da plasticidade sináptica, conhecida como metaplasticidade.  A compreensão destes mecanismos é fundamental para o uso destas ferramentas tanto do ponto de vista de avaliação, quanto de tratamento.

Neste seminário serão apresentados estes conceitos, assim como algumas lacunas do conhecimento nesta área.

 

 Abrahão Fontes Baptista

Graduado em fisioterapia pelo Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (1992), com especialização em docência do ensino superior pela Faculdade Béthèncourt da Silva (1993), aperfeiçoamento em técnica operatória e cirurgia experimental pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (1999), mestrado (2005) e doutorado (2007) em Ciências Morfológicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pós-doutorado na University of Western Sydney (2014).

Tem experiência na área clínica, de educação e em pesquisa, tendo como principais interesses os tópicos dor, lesão e regeneração nervosa periférica, eletroestimulação funcional, neuromodulação não-invasiva e meditação.

 

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