Seminário: Da percepção à ação. Como a neurociência pode atuar no mundo além-universidade?

Data:  27/04/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Milton Ávila (USP)

 

Seminário:

Da percepção à ação. Como a neurociência pode atuar no mundo além-universidade?

A neurociência cognitiva tem mostrado sua grande importância em aplicações fora da universidade. O emprego de pesquisas básicas sobre a percepção e a cognição se estende da clínica à educação. Áreas em que há uma grande demanda perceptual e cognitiva, especialmente nas quais indivíduos buscam extrair sua melhor performance, são alvos de grandes avanços tanto na aplicabilidade quanto na compreensão de mecanismos neurais envolvidos nestas demandas. Este é o caso por exemplo da música e do esporte, que envolvem refinada aprendizagem perceptual e motora.

Na última década, a aprendizagem perceptual ganhou uma crescente aliada: a integração multissensorial. Diversos trabalhos vêm mostrando benefícios da apresentação de estímulos multissensoriais em protocolos de treinamento perceptual.

Nesta palestra, serão abordados os mecanismos da integração audiovisual, a mudança de paradigma acerca dos córtices “unissensoriais” e como tarefas desta natureza podem beneficiar a aprendizagem perceptual.

Além disso, serão colocadas em discussão as possibilidades de atuação no empreendedorismo utilizando conhecimentos neurocientíficos, através do exemplo da SensorialSports (www.sensorialsports.com), empresa fundada para atuar neste ramo.  Por fim, será aberta a discussão de como um profissional das neurociências pode atuar dentro de uma empresa com o objetivo de desenvolver produtos e realizar pesquisas científicas.

 

Milton Ávila

Milton Ávila é biólogo formado na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, na Universidade de São Paulo. Em 2012 – 2013 completou seu Master 1 no programa Cogmaster, das Universidades École Normale Supérieure, Paris Descartes e École des Hautes Études en Sciences Sociales, Paris, desenvolvendo seu trabalho no Centro de Imagem e Pesquisa dos Seres vivos – Neurospin, no Comissariat à l’Énergie Atomique, Saclay, França. Durante este período estudou os mecanismos neurais envolvidos na aprendizagem perceptual através de estimulação multi-sensorial e na tomada de decisão nesta tarefa, utilizando experimentos realizados com Magnetoencefalografia.

No empreendedorismo, é responsável pelo projeto incubado em modelo de pré residência na Supera incubadora de Empresas de Base Tecnológica desde 2015. Neste mesmo ano, foi selecionado para o programa Acelera Startup da FIESP, realizou o seminário EMPRETEC oferecido pelo SEBRAE em parceria com a ONU, no qual conquistou dois dos três prêmios oferecidos pelo seminário, e foi finalista do Prêmio Santander de Empreendedorismo com o projeto SensorialSports.

Atualmente, cursa o Doutorado no Programa de Neurologia do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento, na Faculdade de Medicina de Riberão Preto, Universidade de São Paulo. Trabalha no projeto sobre os efeitos da estimulação audiovisual e da percepção não consciente sobre a aprendizagem perceptual com dados de eletroencefalografia.

 

 

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Seminário: O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

Data:  20/04/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Maria Alice de Mattos Pimenta Parente (CAPES-UFABC)

 

Seminário:

O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

O objetivo desta palestra é mostrar uma forma de como a Neurociência da Linguagem dialoga com a Clínica Neuropsicológica. Sabe-se que tanto no desenvolvimento como na degeneração da linguagem, o reconhecimento e o acesso ao significado de palavras dependem de diferentes características, como por exemplo, os efeitos de frequência, tamanho das palavras, assim como de aspectos semânticos, como a concretude.

Neste trabalho focalizamos o efeito da especificidade, uma característica importante para o desenvolvimento da linguagem e também encontrada em Doença de Alzheimer e na Demência Semântica. A especificidade distingue os verbos em (1) genéricos, aqueles que podem ser realizados por diferentes programas motores (como quebrar) e (2) específicos, com menor número de possibilidades motoras (como martelar). Verificamos o tempo de reação e o tempo de ativação neural em duas tarefas: uma de decisão lexical e outra de julgamento semântico.

Observamos que em jovens adultos o efeito de especificidade afeta o processamento temporal e a ativação eletrofisiológica nas duas tarefas e que o tipo de tarefa facilita diferencialmente verbos genéricos e específicos. Em idosos, ocorreu maior efeito de especificidade tanto na tarefa de decisão lexical como na tarefa de julgamento semântico, quando comparados com adultos jovens.

A especificidade também foi um marcador na diferenciação de pacientes com doença de Parkinson e seus controles. Os resultados mostram a importância desta característica psicolinguística no estudo do processamento temporal de verbos e são discutidos em termos de recursos exigidos pelas diferentes tarefas utilizadas.

 

Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1972) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1990). Realizou estágios de pós-doutoramento em Montreal, Canadá (1990-1992); Universidade de Toulouse, França (2001-2002) e Universidade de Pequim, China (2005), realizando pesquisas de cooperação internacionais com o apoio do CNPq e da CAPES.

Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Neuropsicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: neuropsicologia, memória, compreensão textual, envelhecimento e neuropsicologia cognitiva.

Atualmente é professora aposentada, Professora Visitante Sênior na UFABC, no contexto do programa CAPES/2012 e colaboradora do Núcleo de Neuropsicolinguística do PPG em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisadora CNPq 1D até 2011.

 

 

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Seminário: Avaliação dos efeitos do antioxidante N-Acetil-L-Cisteína em um modelo animal de esquizofrenia baseado no neurodesenvolvimento utilizando o acetato de metilazoximetanol

Data:  13/04/16 (Quarta-Feira)
Hora:  12h50
Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)
Palestrante: Inda Lages Nascimento (UFABC)

Seminário:
Avaliação dos efeitos do antioxidante N-Acetil-L-Cisteína em um modelo animal de esquizofrenia baseado no neurodesenvolvimento utilizando o acetato de metilazoximetanol

O fortalecimento da hipótese de neurodesenvolvimento deficiente na esquizofrenia tem levado à utilização de modelos animais baseados em intervenções nesta fase. Um destes é o modelo que consiste na injeção do antimitótico acetato de metilazoximetanol (MAM) no décimo sétimo dia de gestação de ratas Wistar. Os filhotes destas ratas apresentam na fase adulta uma série de prejuízos comportamentais e neuroquímicos, tais como déficits no filtro sensório-motor, redução de interação social e hiperresponsividade a psicoestimulantes, evidências estas que se assemelham a alguns sintomas da esquizofrenia.
Estudos apontam para uma redução do antioxidante endógeno glutationa (GSH) no líquido cefalorraquidiano de pacientes esquizofrênicos, dando margem para formação de hipóteses acerca do envolvimento do estresse oxidativo na fisiopatologia da esquizofrenia. Resultados recentes mostraram que o tratamento com um inibidor da síntese de óxido nítrico (NO) foi capaz de reverter alguns destes déficits comportamentais no modelo MAM.
Considerando que o N-Acetil-Cisteína (NAC) é um precursor do GSH, também conhecido por sua habilidade de sequestrar NO, o presente estudo visou avaliar se o tratamento com NAC de forma aguda ou crônica é capaz de atenuar ou abolir déficits comportamentais gerados pelo MAM e se tal efeito pode ser revertido pelo precursor do NO, a L-arginina.
Dezesseis ratas grávidas foram tratadas com uma injeção i.p. de MAM (25 mg/kg) ou salina (grupo controle) no 17º dia de gestação. Na fase adulta, os filhotes machos receberam tratamento agudo ou crônico com NAC e foram submetidos aos testes comportamentais de inibição pré-pulso (IPP), interação social e hiperlocomoção induzida pelo psicotomimético MK-801, que avaliam respectivamente, o filtro sensório-motor, o comportamento social e a sensibilidade a um antagonista de NMDA.
No experimento 1, cada rato recebeu uma injeção i.p. de NAC (150, 250 ou 500 mg/kg) ou salina, uma hora antes dos testes comportamentais. No experimento 2, cada rato recebeu um tratamento crônico por 15 dias com NAC (250 mg/kg) ou salina e, nos últimos 5 dias, receberam também injeção i.p. de L-arginina ou salina diariamente, sendo submetidos aos mesmos testes comportamentais um dia após a última injeção. Os resultados indicaram que a dose de NAC mais eficaz em reduzir significativamente os déficits comportamentais observados em filhotes machos MAM foi a de 250 mg/kg. O tratamento crônico com NAC nesta dose em machos MAM foi capaz de reduzir a hiperlocomoção induzida por MK-801, aumentar a interação social e reduzir a resposta de sobressalto no teste de IPP. O tratamento com L-arginina reverteu os efeitos do NAC, aumentando, portanto, os déficits comportamentais nos animais MAM.
Os resultados indicam que o tratamento com NAC, tanto na forma aguda quanto crônica, foi eficaz em reduzir comportamentos em ratos MAM associados aos sintomas negativos, positivos e déficits cognitivos da esquizofrenia. Estes efeitos parecem estar diretamente ligados ao mecanismo de ação do NAC como sequestrador do NO. Resultados sugerem que o NAC pode apresentar efeitos do tipo antipsicótico que devem ser investigados com ensaios clínicos futuros.

Inda Lages Nascimento
Possui graduação em Psicologia pela Faculdade Integral Diferencial (2011). Possui especialização em Neuropsicologia no Centro Universitário Unichristus (CE). Tem experiência na área de Psicologia na função de Acompanhante Terapêutico e ministra cursos e palestras em Neurociências.
Foi Representante Regional no Piauí da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia (SBNp) durante os anos de 2012 à 2014 e editora da revista da Sociedade Brasileira de Neuropsicologia. Mestre em Neurociência e Cognição pela Universidade Federal do ABC (UFABC) no Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos da UFABC e desenvolve pesquisas na área de psicofarmacologia, neurofisiologia e cognição. Atualmente é aluna de doutorado junto ao programa de Neurociência e Cognição da UFABC.

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Seminário: Influência de ripples hipocampais em processos de consolidação de memória

Data:  23/03/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Cleiton Lopes Aguiar (USP)

 

Seminário:

Influência de ripples hipocampais em processos de consolidação de memória

Sharp-wave ripples (SWRs) são flutuações dos potenciais de campo locais registradas extracelularmente na região CA1 do hipocampo. Tais eventos têm duração média de 100 ms e ocorrem durante repouso ou sono de ondas lentas.

SWRs são caracterizadas por uma salva populacional de disparos em CA3, seguida de ondulações (ripples) de campo com frequência entre 100 a 250 Hz, produzidas por reverberação da microcircuitaria inibitória de CA1. Cerca de 50 a 100 mil neurônios disparam de forma coordenada durante um evento de SWR, fazendo com que este seja o evento mais síncrono e com o maior ganho já descrito no cérebro de mamíferos (Buzsaki, 1989; 2015). Mais especificamente, os eventos de SPW-Rs parecem ser especialmente importantes no processo de formação de memória, pois são capazes de gerar repetição das sequências de disparos exibidas pelas células de lugar (place cells) durante o comportamento exploratório, reativando e fortalecendo engramas previamente formados. Além disso, as SWRs são capazes de evocar padrões precisos de atividade em regiões corticais, favorecendo a transferência de informação hipocampo-cortical.

De fato, trabalhos anteriores mostraram que a perturbação seletiva das SWRs resulta em prejuízos de formação de memória espacial. Um estudo recente forneceu evidências importantes de que a diminuição da incidência de SWRs, por meio de perturbação optogenética durante sono subsequente ao aprendizado, é capaz de prejudicar a formação de memória contextual aversiva (Wang et al, 2015). Considerando que a comunicação hipocampo-córtex frontal representa uma das principais vias de saída de informação do hipocampo, uma hipótese plausível é de que o processo de formação de memória contextual aversiva envolva alterações de plasticidade sináptica de longo prazo corticais produzidas por eventos de SWRs.

Nesta palestra serão dados exemplos de abordagens experimentais e será discutido como a utilização da optogenética associada a ferramentas open source em eletrofisiologia podem ajudar na superação dos principais desafios científico-tecnológicos dentro desse campo de pesquisa em neurobiologia do sono e memória.

 

Cleiton Lopes Aguiar

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo (USP), mestrado em Ciências – modalidade Neurociências pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) – USP e doutorado pelo mesmo programa. Realizou doutorado sanduíche por 12 meses (Janeiro a Dezembro de 2013) no Instituto Karolinska – Suécia.

Tem experiência nas áreas de Psicologia Experimental, Neurofarmacologia e Eletrofisiologia e Optogenética in vivo. Durante doutorado sanduíche, estudou a dinâmica dos padrões oscilatórios e atividade multiunitária no córtex pré-frontal medial de camundongos e sua modulação optogenética, por meio da ativação temporalmente precisa de interneurônios parvalbumina positivos (PV+).

Atualmente, faz parte do grupo de pesquisa do Laboratório de Investigação em Epilepsia, coordenado pelo Prof. Dr. João Pereira Leite e desenvolve projeto de pós-doutorado sobre o Controle optogenético in vivo da comunicação hipocampo-córtex pré-frontal medial durante sono subsequente ao aprendizado em colaboração com o Neural Circuits and Memory Lab, coordenado pelo Prof. Dr. Kamran Diba da University of Wisconsin – Milwaukee.

 

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Seminário: Dirty cheap electrophysiology

Data:  17/03/16 (Quinta-Feira)

Hora:  12h15

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Prof. Dr. Richadson Leão (UFRN, Ice)

 

Seminário:

Dirty cheap electrophysiology

In this lecture I will discuss new (and open) technologies in neurophysiology research for labs with little (or no) cash to spare. I will show advantages and disadvantages of open systems for electrophysiology compared to commercial black boxes. Also, I intend to demonstrate how general purpose micro-controllers, rotary joints and other cheap components can drastically cut the cost of research. The second part of my talk I will talk about cellular mechanisms of theta oscillations. We found a specific subpopulation of oriens-lacunosum moleculare (OLM) interneurons expressing Chrna2 receptor differentially distributed along the dorso-ventral hippocampal axis, OLMalpha2 cells. The activation of OLMalpha 2 cells is sufficient to induce theta activity in ketamine-anesthetized and in freely moving mice. While the induced theta rhythm did not affect frequency ranges related to animals’ movements (8-10 Hz), it significantly influenced lower frequency range, 6-8 Hz.  It has been shown that the low range theta activity corresponds to Type II theta and is associated with innate response to the predator smell. We conducted this test and observed that OLMalpha2 cells stimulation leads to a significant increase of risk-taking behavior. This suggests that OLMalpha 2 induced theta rhythm in vHipp corresponds to Type II theta activity.cture I will discuss new (and open) technologies in neurophysiology research for labs with little (or no) cash to spare. I will show advantages and disadvantages of open systems for electrophysiology compared to commercial black boxes. Also, I intend to demonstrate how general purpose micro-controllers, rotary joints and other cheap components can drastically cut the cost of research. The second part of my talk I will talk about cellular mechanisms of theta oscillations. We found a specific subpopulation of oriens-lacunosum moleculare (OLM) interneurons expressing Chrna2 receptor differentially distributed along the dorso-ventral hippocampal axis, OLMalpha2 cells. The activation of OLMalpha 2 cells is sufficient to induce theta activity in ketamine-anesthetized and in freely moving mice. While the induced theta rhythm did not affect frequency ranges related to animals’ movements (8-10 Hz), it significantly influenced lower frequency range, 6-8 Hz.  It has been shown that the low range theta activity corresponds to Type II theta and is associated with innate response to the predator smell. We conducted this test and observed that OLMalpha2 cells stimulation leads to a significant increase of risk-taking behavior. This suggests that OLMalpha 2 induced theta rhythm in vHipp corresponds to Type II theta activity.

 

Richadson Leão

Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (2000) e doutorado em Neurociências – Australian National University (2005). Fez pós-doutorado na Australian National University (2006-2007) e no Karolinska Institutet (2008-2010).

Atualmente é Professor Adjunto em Neurociências e Psicobiologia da UFRN. Coordena o laboratório Neurodinâmica do Instituto do Cérebro da UFRN que foi estabelecido recentemente e trabalha na decodificarão padrões de atividade dos neurônios e compartimentos neuronais.

 

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Seminário: Efeito da privação de sono sobre a sinalização de adenosina no hipocampo

Data:  16/03/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Débora Cristina Hipolide

 

Seminário:

Efeito da privação de sono sobre a sinalização de adenosina no hipocampo

Um grande interesse de investigação em nossos estudos está relacionado aos efeitos deletérios que a perda de sono produz, especificamente em funções cognitivas, como a memória.

Um resultado interessante obtido em nosso laboratório indica que a privação de sono (PS) em ratos antes da aprendizagem de uma tarefa aversiva produz prejuízo acentuado sobre o desempenho do animal e este efeito pode ser revertido com o tratamento crônico de pilocarpina, um agonista colinérgico.

Motivada pelos resultados encontrados e pela busca dos mecanismos associados ao prejuízo no desempenho em tarefas de aprendizagem e memória após a PS, iniciamos uma série de investigações para avaliar a participação de sistemas que sabidamente modulam o comportamento de aprendizagem, memória e o sono.

A proposta de continuidade desta abordagem direciona a investigação sobre a participação do sistema de adenosina como importante modulador deste fenômeno provocado pela privação de sono. A adenosina possui um importante papel na modulação do sono e da memória e já foi observado um aumento da concentração dessa molécula em algumas regiões do cérebro durante a privação de sono.

O objetivo desse projeto é investigar os efeitos da perda de sono sobre a sinalização de adenosina no hipocampo e relacionar essas alterações com o prejuízo no desempenho de uma tarefa de memória aversiva.

 

Débora Cristina Hipolide

Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1990), com Mestrado e Doutorado em Psicobiologia pela Universidade Federal de São Paulo, e Doutorado-sanduíche (CNPq) no Clarke Institute of Psychiatry – Toronto, Canadá (1995-1996). Pós-Doutorado na Universidade Federal de São Paulo (1998-2000).

Atualmente é Professora Adjunta da Universidade Federal de São Paulo – Departamento de Psicobiologia e Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Psicobiologia – UNIFESP.

 

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Seminário: Abordagem translacional do pânico: papel da serotonina e opióides

Data:  09/03/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Prof. Dr. Frederico Guilherme Graeff

 

Seminário:

Abordagem translacional do pânico: papel da serotonina e opióides

Evidências pré-clínicas mostram que a diminuição da atividade da serotonina (5-HT) libera comportamentos suprimidos por punição em testes de conflito. Como este tipo de teste é reconhecido como modelo animal de ansiedade, deduz-se que a 5-HT aumenta a ansiedade. Porém, resultados obtidos com estimulação elétrica da matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) apontam para uma ação ansiolítica da 5-HT. Para resolver esta contradição, sugeriu-se que o teste de conflito gera ansiedade, enquanto que a estimulação elétrica da DPAG gera um estado de aversão relacionado ao pânico. Esta hipótese tem sido testada em experimentos realizados tanto em animais como em seres humanos sadios e com transtorno de pânico (TP) durante 25 anos.

Os resultados assim obtidos indicam que os medicamentos antidepressivos utilizados para tratar o TP sensibilizam receptores 5-HT 1A e 2A situados na MPCPD que inibem respostas defesa a perigos proximais e, supostamente, ataques de pânico. Mais recentemente foi verificado que a 5-HT e opióides endógenos atuam de modo sinérgico na MCPD para inibir respostas do tipo pânico no rato. Tais achados permitem reconciliar duas hipóteses neuroquímicas sobre a fisiopatologia do transtorno de pânico. A primeira supõe uma deficiência da inibição serotonérgica das manifestações comportamentais e fisiológicas do ataque de pânico nos pacientes de pânico, enquanto que a segunda sugere que haja uma deficiência de um sistema opioidérgico que regula tanto a respiração como o apego social, e que tem função protetora contra ataques de pânico.

 

Frederico Guilherme Graeff

Graduação em Medicina Ribeirão Preto pela Universidade de São Paulo (1963) e doutorado em Farmacologia pela mesma universidade (1967). Pós-doutorado na Universidade de Harvard (1969) e Professor Visitante na Universidade de Oxford (1979). Professor Titular aposentado da Universidade de São Paulo (1995). Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Neuropsicofarmacologia, atuando principalmente nos seguintes temas: ansiedade, serotonina, matéria cinzenta periaquedutal e modelos experimentais de ansiedade.

A partir do ano 2000, pesquisa principalmente sobre neurobiologia do transtorno de pânico. Bolsa de Produtividade Sênior a partir de 01/03/2012. Impacto no ISI em 14/09/2015: Índice H 49, 7754 citações.

 

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Seminário: Padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos

Data:  02/03/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Adriana Miyazaki

 

Seminário:

Padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos

Diversos estudos reportaram alterações cerebrais ao longo do curso da esquizofrenia. Até mesmo nos estágios incipientes, como no Primeiro Episódio Psicótico (PEP). Métodos de aprendizagem de máquina podem ser utilizados para análise multivariada de dados de neuroimagem, porém a grande maioria dos estudos os emprega principalmente para previsões entre grupos, como discriminar pacientes com esquizofrenia de controles saudáveis.

No presente estudo, foi aplicado o método maximum entropy linear discriminant analysis (MLDA) com o objetivo de buscar um melhor entendimento dos estágios da esquizofrenia. Foram analisados dados neuro-volumétricos provenientes de imagens de ressonância magnética de 143 pacientes crônicos com esquizofrenia, 32 pacientes PEP e 82 controles saudáveis. O método projeta as características multivariadas de um sujeito em um sub-espaço discriminante univariado, provendo um “escore de esquizofrenia”.

Inicialmente, a performance do MLDA na tarefa de discriminação entre pacientes com esquizofrenia de controles foi avaliada e foram identificados as regiões cerebrais que mais contribuíram para a classificação. Por fim, foram utilizados os escores provenientes do MLDA para realizar uma comparação entre os padrões volumétricos de pacientes PEP e pacientes com esquizofrenia e controles saudáveis.

Os resultados do estudo sugerem que as primeiras estruturas alteradas no PEP podem ser as regiões afetadas por anti-psicóticos. Entre as estruturas mais discriminantes na classificação se encontravam, principalmente, estruturas relacionadas ao sistema límbico e a circuiteria envolvida em comportamentos orientados a objetivos. Em conclusão, nossos resultados sugerem a importância de considerar os efeitos dos anti-psicóticos, a fim de entender os substratos neurais envolvidos na esquizofrenia.

 

Adriana Miyazaki

Adriana Miyazaki de Moura é mestre em Neurociência pela Universidade Federal do ABC, com graduação em Sistemas de Informação pela Universidade de São Paulo. Tem experiência em machine learning e reconhecimento de padrões em dados. Estuda padrões neuromorfométricos provenientes de neuroimageamento em pacientes psiquiátricos.

 

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Seminário: Administração de metifenidato (Ritalina ) na lactação: efeitos no comportamento maternal e da sua prole

Data:  24/02/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Martha Bernardi

 

Seminário:

Administração de metifenidato (Ritalina ) na lactação: efeitos no comportamento maternal e da sua prole

O metifenidato (MFD) é um medicamento empregado no tratamento do déficit de atenção e, na atualidade, como droga de abuso. Seu mecanismo de ação se deve ao aumento da liberação de monoaminas, em particular de dopamina, com ação preferencial no córtex pré-frontal.

Uma vez que o tratamento com a droga não deve ser interrompido no período reprodutivo, pois pode levar a sérios problemas no comportamento da mãe, neste trabalho investigaram-se os efeitos da administração repetida do MFD durante a lactação no comportamento maternal de ratas.

Além disto, desde que a exposição repetida da droga poderia levar a alterações na plasticidade central, avaliou-se se estas fêmeas apresentariam tolerância ou facilitação comportamental, fenômenos estes ligados ao uso abusivo de droga.  Finalmente, estudaram-se os efeitos comportamentais em longo prazo na prole das ratas observada na idade adulta.

 

Martha Bernardi

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (1975), mestrado (1978) e Doutorado (1981) em Fisiologia, área de concentração Farmacologia pelo Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Atualmente está ligada ao Curso de Pós-graduação (mestrado e doutorado) em Patologia Ambiental e Experimental, bem como no Curso de Pós-graduação (nível de mestrado) em Odontologia da Universidade Paulista.

Estuda as alterações promovidas no período perinatal pelos moduladores do sistema imune no sistema nervoso central, metais pesados, praguicidas e desreguladores endócrinos tendo em vista a investigação de os aspectos comportamentais, endócrinos e o desenvolvimento de modelos animais de transtornos mentais.

Atualmente é Professora Visitante-Sênior na Universidade Federal do ABC na qual está ligada ao Núcleo de Neurociências e Cognição. Coordena o grupo de Toxicologia do Sistema Nervoso Central – UNIP.

 

Confira o local no mapa <https://www.google.com.br/maps/place/R.+Arcturus,+3+-+Jardim+Antares,+S%C3%A3o+Bernardo+do+Campo+-+SP,+09606-070/@-23.6778077,-46.5627042,794m/data=!3m1!1e3!4m2!3m1!1s0x94ce43a830e9eeb5:0x236cd49a8954b602!6m1!1e1

Seminário: Plasticidade Dopaminérgica e sua Implicação na Motivação Intrínseca e Engajamento de Equipes de Trabalho

Data:  09/12/15 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Carla Andréa Tieppo

 

Seminário:

Plasticidade Dopaminérgica e sua implicação na motivação intrínseca e engajamento de equipes de trabalho

Um dos maiores desafios da atualidade é promover engajamento de equipes de trabalho diante da enorme variedade de fatores de alto impacto motivacional no cotidiano digital e virtual das pessoas na sociedade contemporânea. Há uma enorme quantidade de novas síndromes sendo descritas que são provocadas pela presença marcante das redes sociais e do ambiente digital com seus aplicativos e facilidades disponíveis nas vidas das pessoas.

Qual é o impacto disso na construção de circuitos de motivação e recompensa associados ao sistema dopaminérgico mesocorticolímbico? A plasticidade do sistema dopaminérgico estudada em roedores traz alguns “insights” interessantes que podem auxiliar na construção de estratégias de treinamento e desenvolvimento de pessoas.

Cada vez mais é solicitado que a ciência auxilie no desenvolvimento dos ambientes corporativos, e estratégias baseadas em neurociência são extremamente desejáveis já que possuem uma inerente tangibilidade e não se confundem com as práticas subjetivas que ocuparam durante muito tempo espaço privilegiado no desenvolvimento humano e organizacional.

 

Carla Andréa Tieppo

Veterinária formada pela Universidade de São Paulo em 1995 e doutora em Ciências pelo Instituto de Ciências Biomédicas da mesma Universidade desde 2000. Professora de Fisiologia para os cursos de Medicina, Fonoaudiologia e Enfermagem da FCMSCSP desde 1995.

É orientadora do curso de Mestrado Profissional em Saúde da Comunicação Humana e coordenadora do curso de pós graduação lato-sensu de Neurociência Aplicada à Educação da FCMSCSP.

Palestrante e consultora. Fundadora e CEO da Inédita Cursos, empresa especializada em cursos de Neurociência para públicos de diferentes interesses e áreas de aplicação. Colunista da Revista Profissional & Negócios e Consultora do Programa Bem Estar da Rede Globo de TV.

 

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