Seminário: Camundongos portadores de mutação espontânea como modelo de estudo para doenças desmielinizantes

Data:  06/04/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Profa. Dra. Elisabeth Teodorov (UFABC)

 

Seminário:

Camundongos portadores de mutação espontânea como modelo de estudo para doenças desmielinizantes

Inúmeras linhagens de camundongos mutantes vêm sendo geradas com o intuito de padronizar e validar modelos animais para estudos de doenças genéticas humanas e em animais, possibilitando assim avaliar alterações anatômicas, efeitos neuroquímicos e comportamentais da expressão do gene aberrante. Dentre essas linhagens, mutação espontânea, autossômica recessiva, foi identificada em uma colônia de camundongos Swiss do Biotério do Departamento de Patologia da FMVZ/USP a qual causava tremores, ataxia e convulsões. Essa mutação foi denominada de tremor (tr). Em estudos preliminares realizou-se uma avaliação histopatológica do sistema nervoso central (SNC) desses animais mutantes tr. A técnica de histoquímica, utilizando a coloração de luxol fast blue (LFB) evidenciou deficiência de mielina principalmente nas meninges e camada molecular do cerebelo. Na caracterização genética, o primeiro rastreamento feito com marcadores microssatélites localizou a mutação tr no cromossomo 14.

Relatos de literatura descrevem dezenas de mutações, em diferentes regiões do genoma do camundongo, causando alterações neurológicas. Esses modelos constituem importantes ferramentas para o estudo das doenças neurodegenerativas e para o avanço dos tratamentos nas últimas décadas. Entretanto, muitas doenças neurodegenerativas que acometem o ser humano ou animais apresentam mecanismos pouco conhecidos e, muitas delas ainda não possuem tratamento. Portanto, modelos animais com alterações neurológicas são de potencial interesse para identificar genes que podem causar a sintomatologia e também, para elucidar a patogenia e mecanismos moleculares envolvidos nessas doenças. Nessa palestra será apresentada uma série de resultados em camundongos C57BL6 em parâmetros como motilidade, psicomotores, sensoriais e histologia do SNC, com atenção para possíveis tratamentos.

 

Elisabeth Teodorov

Médica Veterinária pela Universidade Anhanguera, Bióloga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mestre e Doutora em Ciências (área Farmacologia Comportamental e Molecular) pela Universidade de São Paulo e Pós-doutora pela FMVZ-USP e Universidade Paulista. Professora Adjunta III da Fundação Universidade Federal do ABC junto ao CMCC e Membro do Núcleo de Cognição e Sistemas Complexos – UFABC. Coordenadora do Laboratório de Neurobiologia do Comportamento – CMCC- UFABC. Membro da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, Membro da Associação Nacional dos Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (ANCLIVEPA), Membro da International Association for the Study of Pain (IASP) e Socideade Brasileira para estudo da Dor.

Tem experiência nas áreas de Farmacologia, Biologia Molecular, Fisiologia Animal, Neuroetologia, Neurobiologia Molecular e Celular, Bioquímica, Sistemas de Dor e Neurociências, atuando principalmente nos seguintes temas: neurologia clínica e experimental, comportamento reprodutivo animal, modelos experimentais de transtornos mentais e sistemas de nocicepção.

 

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