Seminário: O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

Data:  20/04/16 (Quarta-Feira)

Hora:  12h50

Local: Bloco Beta, Auditório A005 (campus São Bernardo do Campo)

Palestrante: Maria Alice de Mattos Pimenta Parente (CAPES-UFABC)

 

Seminário:

O Efeito da Especificidade no processamento léxico-semântico de verbos de ação: dados comportamentais e eletrofisiológicos de adultos jovens, e dados comportamentais de idosos e pacientes com Doença de Parkinson

O objetivo desta palestra é mostrar uma forma de como a Neurociência da Linguagem dialoga com a Clínica Neuropsicológica. Sabe-se que tanto no desenvolvimento como na degeneração da linguagem, o reconhecimento e o acesso ao significado de palavras dependem de diferentes características, como por exemplo, os efeitos de frequência, tamanho das palavras, assim como de aspectos semânticos, como a concretude.

Neste trabalho focalizamos o efeito da especificidade, uma característica importante para o desenvolvimento da linguagem e também encontrada em Doença de Alzheimer e na Demência Semântica. A especificidade distingue os verbos em (1) genéricos, aqueles que podem ser realizados por diferentes programas motores (como quebrar) e (2) específicos, com menor número de possibilidades motoras (como martelar). Verificamos o tempo de reação e o tempo de ativação neural em duas tarefas: uma de decisão lexical e outra de julgamento semântico.

Observamos que em jovens adultos o efeito de especificidade afeta o processamento temporal e a ativação eletrofisiológica nas duas tarefas e que o tipo de tarefa facilita diferencialmente verbos genéricos e específicos. Em idosos, ocorreu maior efeito de especificidade tanto na tarefa de decisão lexical como na tarefa de julgamento semântico, quando comparados com adultos jovens.

A especificidade também foi um marcador na diferenciação de pacientes com doença de Parkinson e seus controles. Os resultados mostram a importância desta característica psicolinguística no estudo do processamento temporal de verbos e são discutidos em termos de recursos exigidos pelas diferentes tarefas utilizadas.

 

Maria Alice de Mattos Pimenta Parente

Possui graduação em Fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1972) e doutorado em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1990). Realizou estágios de pós-doutoramento em Montreal, Canadá (1990-1992); Universidade de Toulouse, França (2001-2002) e Universidade de Pequim, China (2005), realizando pesquisas de cooperação internacionais com o apoio do CNPq e da CAPES.

Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Neuropsicologia, atuando principalmente nos seguintes temas: neuropsicologia, memória, compreensão textual, envelhecimento e neuropsicologia cognitiva.

Atualmente é professora aposentada, Professora Visitante Sênior na UFABC, no contexto do programa CAPES/2012 e colaboradora do Núcleo de Neuropsicolinguística do PPG em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pesquisadora CNPq 1D até 2011.

 

 

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